quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Pentecostes

Antes dos cristãos os judeus já comemoravam a festa de Pentecostes. Era uma das três festas obrigatórias dos judeus. A primeira era a Páscoa, a segunda o Pentecostes e a terceira era a festa dos Tabernáculos.
A Festa de Pentecostes, originalmente, era uma celebração da colheita (Êxodo 23, 14), dia de alegria e ação de graças, pela colheita dos primeiros grãos, especialmente trigo e cevada, onde eram oferecidas as primícias das colheitas no templo,era, portanto, uma festa agrícola. Com o tempo, ela perdeu sua ligação com a vida dos agricultores, recebeu o nome grego de Pentecostes e se tomou festa cívico-religiosa.
No Antigo Testamento recebe outros nomes: em Êxodo 23,14-17 é chamada de festa da Colheita, a festa dos primeiros feixes de trigo colhidos; em Êxodo 34,22 é chamada de festa das Semanas, por ser celebrada sete semanas depois da festa da páscoa, no qüinquagésimo dia, daí o nome Pentecostes, que significa "qüinquagésimo dia"; em Números 28,26 é chamado Dia das Primícias dos Frutos , onde ocorria a entrega de uma oferta voluntária a Deus, dos primeiros frutos da terra colhidos naquela sega .
A partir das reformas de Esdras e Neemias, em meados do século V a.C., a Festa de Pentecostes passou a celebrar o Dom da Lei no Sinai, a festa da Aliança entre Deus e o povo. Assim, no tempo de Jesus, celebrada 50 dias após a Páscoa, ela recordava o dia em que, no Monte Sinai, Deus entregou as tábuas da Lei a Moisés.
Naquele tempo, muitos judeus de vários países iam a Jerusalém para observar a Festa da Páscoa e ficavam até a Festa de Pentecostes. Daí a razão, de haver em Jerusalém ”judeus, varões religiosos de todas as nações que estão debaixo do céu” (At 2.5b). No livro de Atos dos Apóstolos vemos que a vinda do Espírito Santo ocorre na festa judaica de Pentecostes.
Ali vemos que, no primeiro Pentecostes, depois da morte e ressurreição de Jesus, cinqüenta dias depois da Páscoa, o Espírito Santo desceu sobre a comunidade cristã de Jerusalém na forma de línguas de fogo; todos ficaram cheios do Espírito Santo e começaram a falar em outras línguas (At 2,1-4). Assim, a festividade judaica do dia de Pentecostes assumiu outro rumo com a descida do Espírito Santo, sobre os cento e vinte que se encontravam reunidos no cenáculo,transformando a mente, coração e comportamento dos apóstolos, para o desafio da pregação do Evangelho. Jerusalém se tornou o local determinado para a inauguração da Igreja viva de Jesus, a qual se espalhou até os confins da terra. As primícias da colheita aconteceram naquele dia, pois foram muitos os que se converteram.


Mercia Brito Monteiro

terça-feira, 2 de agosto de 2011

Portanto deixará o homem o seu pai e a sua mãe, e apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos uma carne.Gênesis2.24

O Casamento a partir da ótica divina.


Muitos se referem ao casamento como uma vida a dois... Ledo engano! Na verdade casamento é uma instituição divina, de vida a um, onde homem e mulher, marido e esposa, passam a constituir uma só vida, uma só carne, um só coração, dois em um, possível graças à misericórdia , amor e ação transformadora de Deus.
Essa vida a um , onde ambos se tornam uma só pessoa, se reflete em todas as esferas da vida, seja material, psicológica e mesmo física, pois a dor de um passa a ser a dor do outro; sente-se na carne e no coração as alegrias e tristezas que se manifestam em qualquer dos lados; os objetivos e sonhos passam a ser um só, resultado da união do corpo e da alma; as finanças são pensadas a partir de uma única ótica, construída pela união completa, já não há falar-se em "meu dinheiro" ou "seu dinheiro", visto que agora existe um só pensamento, um só planejamento, construído carinhosamente em cima de uma base sólida, o amor e a confiança, que brotam, antes de tudo no coração de Deus. Aqui não cabem segredos , mentiras ou enganação. Pode alguém guardar segredo de si mesmo, ou mentir para si mesmo, enganar a si mesmo??!! Ora, se já não são duas pessoas, mas uma somente, visto que os dois se fundem em um único ser, não tem como um lado desse ser , desse corpo, enganar ao outro.
Porém, essa união completa e perfeita somente acontece quando ambos se esvaziam de si mesmos , e, diante de Deus se colocam, como oferta de um para com o outro, diante do altar de Deus, para que Ele em sua infinita sabedoria, reconstrua, a partir daquelas duas vidas, um único ser. Somente Deus pode realizar tamanha obra na vida de um homem e de uma mulher, tamanho milagre, para que o casamento possa ser vivido, segundo os sonhos e ótica de Deus. Somente a partir daí, o casamento se torna algo divino, profundo, vindo do coração de Deus. Caso contrário, não passa de um desejo meramente humano e, consequentemente totalmente frágil nas colunas que o sustentam, passivo de abalos e destruição completa, ocasionados por qualquer vento que sopre mais forte.



Para concluir é preciso enfatizar que, no que concerne a casamento, precisamos trazer à nossa memória dois conceitos muito importantes:


1- O casamento sob a ótica de vida a dois, onde cada uma das partes tem sua própria vida, tendo apenas pontos em comuns, é uma invenção puramente humana, embasado meramente em conceitos impostos pela sociedade;
2- O casamento onde duas pessoas se fundem por completo, formando um único ser, onde os objetivos, alegrias, sonhos, tristezas, conquistas, enfim , tudo é reconstruído a partir da construção desse ser, é criação de Deus, é uma instituição divina. É o casamento sonhadoe deixado para nós por Deus.

Cabe a nós, marido e mulher, nos colocarmos diante do Senhor, para que Ele possa fazer a completa e boa obra.


Que Deus nos abençoe e nos guarde!!!!

Mercia Brito Monteiro