quinta-feira, 27 de janeiro de 2011







Essas são nossas cadelinhas. A maior, pastor alemão, é a Luna, cadela dócil, carinhosa e tranquila. A menorzinha, Dachshund, é a Meg, meiga, dócil, porém muito agitada, está sempre querendo brincar e correr.
Vou contar um pouco da história dessas duas. A Luna é cearense, a compramos quando morávamos em Fortaleza, mudamos para Bauru e a trouxemos para cá. Porém, quando mudou, andava meio sozinha, tristonha ... então meu esposo teve a brilhante idéia de lhe arranjar uma companheira. Concordei, desde que fosse de uma raça de porte menor. Pois bem, naquela semana recebemos um telefonema de um grande amigo e irmão, o Fausto, que disse para o Paulo que tinha um presente para ele... era realmente um presente muito especial... Foi assim que a pequena Meg passou a fazer parte de nossas vidas.
No começo ficamos receosos de colocá-las juntas, pois a Meg era ainda muito bebê e não sabíamos como a Luna reagiria, pois ela nunca tivera contato com qualquer outro cachorro. Até que um dia resolvemos fazer um teste. A Luna veio cheirou a pequena, creio que ficou tentando entender o que era aquela coisinha, porém não demorou muito as duas já estavam brincando. Isso já faz mais de um ano, e as duas hoje são inseparáveis, onde uma está a outra está também, e o que mais nos chama a atenção é o cuidado, a paciência e o carinho da Luna com a pequena Meg. Mesmo com todo seu tamanho a Luna nunca machucou a Meg e aceita as brincadeiras da pequena com toda a paciência e ternura, parecem mãe e filha.
Ás vezes quando vejo as duas juntas, brincando, fico imaginando tentando entender o porquê de duas cadelas, animais irracionais, apesar de tanta diferença entre elas: Uma é grande a outra é pequena; uma é de uma pelagem comprida a outra de pelagem baixinha; uma é mais tranqüila a outra mais agitada; uma gosta de sol a outra de sombra... enfim... apesar de todas as diferenças de raça e idade, superam tudo isso e aceitam tão bem uma a outra, do jeitinho que a outra é... e já o homem, animal tão racional, tem tanta dificuldade em aceitar seu semelhante. Traz em sua mente e em seu coração uma carga de preconceitos que acumulou pelo caminho e, em nome desse preconceito, não consegue desenvolver um relacionamento saudável com o próximo. Não hesita quando o assunto é machucar o outro. Pisa e fere sem piedade... Muitas vezes despreza o outro por causa de diferenças as mais diversas: raça, religião, idade, escola que freqüenta, time que torce, estatura, peso, bairro em que mora, país em que nasceu...enfim...e em nome desse preconceito deixa de viver momentos que poderiam ser de alegria, paz, enriquecimento, amadurecimento, de busca de um mundo melhor, um mundo onde o respeito seria a bandeira de todos e as diferenças seriam motivo, não de separação, mas de união, pois é na diferença que os seres se completam.
A Bíblia afirma que todos somos iguais aos olhos do Senhor. Quando Deus repousa seus olhos sobre nós, não nos vê com olhos humanos, carregados de preconceito e rancor, mas repousa sobre nós seu olhar de misericórdia, amor, esperança e paz.
Que Deus tenha misericórdia de nós e nos faça enxergar o outro com o mesmo olhar com que Jesus olhava seu próximo.
Mercia Brito Monteiro

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Só seremos conhecidos como cristão se soubermos perdoar.


Uma das virtudes e atitudes mais nobres em uma pessoa é a prática do perdão. É essa prática que mais aproxima e mais faz com que o cristão se assemelhe a Jesus . Prática essa que deve ser cultivada, regada com o amor que jorra do trono de Deus, para que possa se tornar árvore frondosa e enraizada no coração de todo aquele que pretende seguir pelos caminhos de Jesus.
O que faz do perdão uma prática tão nobre, é que ele deriva e está fundamentado no sentimento mais nobre que existe , o amor. A Bíblia diz que Deus é amor, e é em nome desse amor, que Ele está sempre pronto a nos perdoar. Ora se Deus é amor, nós como seus filhos, devemos ter naturalmente em nosso DNA de cristão, o amor. E se o temos, a prática do perdão se torna algo natural em nossas vidas
O broto do perdão verdadeiro nasce em nosso coração no momento em que temos o encontro verdadeiro com Jesus e que Ele , por seu poder e graça transformadora, nos dá nova vida. É justamente nesse momento, como dádivas da nova vida, que recebemos o broto do perdão verdadeiro em nosso coração. Cabe ao cristão, que pretende seguir verdadeiramente o mestre e crescer espiritualmente dia após dia, cultivá-lo. E só o cultivaremos se deixarmos fluir em nós, o amor ensinado por Jesus.
Não há falar-se em seguir a Jesus se não desenvolvemos em nosso dia a dia, tão preciosa atitude. É esta prática que nos faz reconhecido como cristão, que nos diferencia do mundo. Jesus é o exemplo verdadeiro e vivo de perdão. Em todas as suas atitudes, mesmo em meio a tamanha dor durante seu martírio, Ele pediu que Deus perdoasse seus agressores. Portanto, se nos dizemos cristãos e não praticamos o perdão, estamos enganando a nós mesmos.
Quando perdoamos alguém por algo que este fez que nos feriu , machucou e nos causou profunda dor, não significa dizer que, a partir do ato do perdão esquecemos aquilo que ele nos fez, pois não podemos apagar fatos de nossa memória, porém o milagre que se realize a partir da liberação do perdão é que , a lembrança daquele fato, que antes nos causava mal estar, já não nos traz sofrimento, angústia e dor. Podemos falar tranquilamente do fato sem qualquer rancor, pois é ferida curada em nossa alma. E o que passamos a experimentar é um sentimento de paz , felicidade, alegria e liberdade, pois as amarras que nos prendiam dentro de nós mesmos foram quebradas, dando espaço para que o Espírito Santo de Deus possa agir.
Porém para conseguir realizar tão preciosa virtude é preciso que estejamos em sintonia direta com Jesus, é preciso nos fortalecermos com seus ensinamentos, pois como dizia Ghandi: “O fraco nunca perdoa. O perdão é a característica do forte”. E a única forma do cristão ser fortalecido é em Jesus. Com Ele aprendemos o sentido do verdadeiro amor, que afasta de nós o egoísmo e a valorização do ego, dando lugar a essa virtude maravilhosa, que enobrece a alma, fortalece o espírito e nos aproxima mais e mais de Deus: O perdão.
Que Deus tenha misericórdia de nós, nos abençoe e faça transbordar em nosso coração o verdadeiro amor, que faz da prática do perdão algo natural em nossa vida.