quinta-feira, 29 de julho de 2010

Contemplando a magnífica obra do Criador.



Acabamos de chegar de uma longa viagem de carro. Quatro dias de ida e quatro de volta, que , somando, dá oito dias de estrada. Sempre viajando durante o dia, sob a luz do sol e, acima de tudo, sob a graça e cuidados de Deus.
Eu particularmente amo essa viagem. São momentos de pura reflexão e contemplação da obra de Deus, na qual se reflete todo o amor Dele para com a humanidade.
Da janela do carro são inúmeras e incontáveis as cenas que podemos vislumbrar dessa maravilhosa obra da criação divina, que, muitos artistas tem tentado retratar, porém, deixam a desejar em muito, pois jamais conseguirão jogar em uma tela, dentre tanta beleza: o brilho irradiante de uma lágrima de saudades que rola na face sol, quando este se põe no horizonte, se despedindo da paisagem, para encontrá-la somente no dia seguinte; os mais variados cantos dos pássaros; barulho de folhas embaladas pelo vento; o bater de asas da passarada em revoada, com a aproximação e barulho do motor do carro, que é o único som que destoa com a harmonia do lugar; a beleza de uma família de tucanos que sobrevoam o carro , papai, mamãe e bebê tucanos, em um vôo tão rasteiro que por vezes parece que vão colidir com o mesmo, dando um “apertinho” no coração da gente; a aflição da mamãe tamanduá, que corre em direção ao filhote que, inexperiente, insiste em atravessar a rodovia, bem em frente o nosso carro; isso sem falar da beleza e exuberância da vegetação, que mostra toda a criatividade de Deus, por vezes árvores frondosas e imponentes; em outras, totalmente desprovidas de folhas, deixando à mostra a “casa” de insetos, que cordialmente abriga: cupins, formigas, vespas... tão belas e tão cheias de vida quanto as outras; folhas e flores das mais diversas formas; Ipês de todas as cores (amarelos, roxos, brancos , azuis, rosa, laranja...) , cores tão expressivas e cheias de vida, que não existe tinta fabricada pelo ser humano que consiga retratar toda a vida que emana daquelas árvores.
Enfim, obras de Deus, que, por si só, falam, cantam e ecoam por todos os lados, o grande amor e carinho de Deus para conosco. Deixando transparecer a vida que brota da divina mão do Criador. Jamais retratada, em sua essência, por mãos humanas.
Assim, oito dias que para alguns significam canseira e enfado, para mim são gloriosos momentos de contemplação da magnífica, incomparável e irretratável obra de Deus.

terça-feira, 27 de julho de 2010

Verde Mar.. Obra das mãos de Deus!!!


Já dizia o grande poeta caxiense: “ Minha terra tem palmeiras onde canta o sabiá, as aves que aqui gorjeiam não gorjeiam como lá...”.
Eis aí um retrato fiel do Maranhão, visto pelos olhos do grande poeta Gonçalves Dias a tantos anos atrás; e visto pelos olhos de quem quer que visite o Maranhão atualmente. À medida que se avança em direção ao interior do estado, pode-se contemplar aquela linda paisagem, única em todo esse país, que mais parece um mar de um “verdume” viçoso e imponente, onde um sol reluzente parece beijar as palhas das palmeiras e coqueiros que, como ondas, realizam o grande “ballet” da natureza , embaladas ao som da música do vento que sopra harmoniosamente.
Creio que essa era visão do grande poeta caxiense Gonçalves Dias, o filho mais ilustre daquele lugar, quando , em terras longínquas, ao fechar os olhos, imaginava a cena maravilhosa, que inspirou-lhe a mais bela poesia de exaltação à terra natal que se tem conhecimento, a conhecida “ Canção do Exílio “.
Do carro temos essa bela visão de um mar de palmeiras e coqueiros de toda “qualidade”: buriti, carnaúba, babaçu, tucum, macaúba,e por aí vai... e , como o poeta, mesmo de dentro do carro, se fecharmos os olhos, podemos ouvir, no nosso “imaginário”, o belo e inesquecível canto do sabiá, fazendo calar todo ser vivente, encantando o povo e a natureza daquele lugar.
Escrevo isso sem nenhum saudosismo, pois muitos podem achar que essas palavras brotam de um coração saudosista em relação à terra natal. Quem me conhece bem sabe de meu desapego aos lugares e coisas desse mundo. Não considero o Maranhão, o Brasil ou qualquer lugar desse planeta, minha terra natal. Sou estrangeira nesse mundo; pertenço a outro reino e sinto saudades sim, da terra de onde vim, minha terra natal, o Reino dos céus, para onde , um dia, com certeza voltarei.
Essas palavras brotam, simplesmente, de um coração que não se cansa de admirar e se deliciar com a maravilhosa obra da criação de Deus.