sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

"Memórias Póstumas de Brás Cubas", Machado de Assis.


Esses dias, em busca de um livro para saborear uma deliciosa leitura deparei-me com o famoso Memórias Póstumas de Brás Cubas, de Machado de Assis. De súbito veio à minha memória a estante da casa de meu avô. Ficava em um dos cantos de uma enorme e agradável sala da casa onde passei a maior parte de minha infância, toda minha adolescência e parte de minha juventude. Isso porque em uma das prateleiras, daquele “sábio” móvel existia uma coleção maravilhosa de Machado de Assis e, vizinho a ela , uma coleção não menos interessante que esta, de José de Alencar. Esse fato delas serem vizinhas na estante de meu avô (homem sábio, da caráter admirável e dado a longas horas de leitura) marcou por muito tempo meus anos escolares, pois foram muitas as vezes que confundi as obras literárias desse dois personagens ilustríssimos de nossa literatura. Pois sempre que via o título da obra de um deles, em minha cabeça vinha a imagem daquela estante, e as obras se fundiam, como se os autores tivessem se tornado um só. Como “marido e mulher” os dois se fizeram uma só carne em minha cabeça. Sempre achei isso tudo muito interessante.... Somente com o passar dos anos é que fui conseguir desvencilhar uma alma da outra. ( onde tem alma, lê-se escritor ).

Pois bem, apesar dessa maravilha literária está ali ao alcance de minhas mãos, poucas vezes retirei um dos livros desses autores para ler, isso porque existia na parte superior do dito móvel uma coleção de livros que era uma concorrente desleal, visto que estamos falando de uma leitora que contava, à época, por volta de 10 anos até os 17, por aí... Nessa coleção havia títulos que enchiam os olhos de qualquer leitor dessa idade, como: O Conde de Monte Cristo, Beleza Negra, Alice no País das Maravilhas, Alice no País dos Espelhos, Aventuras de Tom Sawer, O Ultimo dos Moicanos... e por aí vai. Era uma média de 17 livros dessa coleção, e eu li todos.

Agora, aos 42 anos me via frente a frente com aquele livro o qual desprezei por toda a adolescência, o que fazer... Lembrei então das palavras de minha irmã Mônica, (formada em letras e professora de literatura e gramática ), em uma das últimas vezes em que estive em Caxias. Conversando sobre Machado de Assis ela disse “você já viu Memórias Póstumas de Brás Cubas, é de uma riqueza literária maravilhosa”. Pensei um pouco e, em homenagem à minha querida irmã, e não ao Machado de Assis, resolvi começar a ler esse livro. Fiquei surpresa e maravilhada com a riqueza de leitura que é esse livro,do modo maravilhoso como Machado de Assis escreve e se expressa. É uma leitura deliciosa do começo ao fim. Não tenho palavras para descrever minha satisfação e entusiasmo com tão brilhante escrito.

Você poderia então perguntar: “então você se arrepende de não ter lido esse livro na adolescência ?” Então minha resposta é: Não, não me arrependo, creio que existem determinados livros, que lidos em tenra idade, não se consegue extrair dele sua essência. É preciso alguns anos de vida, para que enxerguemos o “belo” em coisas onde não o víamos antes.

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010


Hoje a tarde Deus tomou para si sua serva fiel, Isis. Mulher temente a Deus, firme nas promessas do Senhor, conhecedora e praticante de Sua Santa palavra, forte na missão de proclamar o nome de Deus, mulher de fé inabalável. Encarava com alegria, retidão, seriedade e amor a tarefa de levar a palavra de Deus aos pequeninos. Meus filhos, tiveram a Bênção e a alegria de ter essa serva fiel, como orientadora em relação aos caminhos que levam ao Pai, bênção que certamente eles levarão pelo resto de suas vidas. Bênção que pôde ser experimentada também por nós, pais. Aliás , essa era uma característica da Isis, marcar de modo positivo aqueles que a conheciam, pois era contagiante o seu amor pela obra de Deus, sua alegria de viver pelo Senhor e sua tranquilidade de aceitar os desígnios de Deus sempre com muita paz no coração. Todos nós que tivemos a alegria e o privilégio de conhecer e conviver com a Ísis, trazemos em nós um pedacinho dela, pois a Ísis era daquelas pessoas raras hoje em dia, daquelas que não passam em branco na vida daqueles que a conhecem, mas marcam profundamente, tamanha era a facilidade que tinha de espelhar Deus através de sua vida e de suas palavras.
Aos domingos quando chegávamos à IPB do Cambeba, os meninos ( Paulo, Flávio e Lucas ) já iam contando com o sorriso , o abraço e o beijo da tia Ísis, e , para ser sincera , nós também. E quando tia Ísis ia até em nossa casa para reunião de oração era aquela festa, tinha o famoso bolo de tia Ísis... Quem experimentou dele, sabe do que estou falando. Pois era um bolo feito com muito amor e carinho. Isso sem contar um dia em que Ísis chegou em nossa casa com um bolo, pois sabia que aquela semana tinha sido o aniversário do Paulinho... Quanto carinho, quanto amor... São muitas as lembranças e recordações, e estas ficarão guardadinhas em um lugar bem especial em meu coração.
Aqui em casa costumamos dizer que a maior bênção que Deus deu à nossa família em Fortaleza, foi a alegria de conhecer, conviver, amar, sermos amados e pastoreados pela Isis e pelo Pastor Nisan. Graça sem medida... E prova do profundo amor de Deus para conosco. Obrigada Senhor !!