Chegamos a poucos dias do Maranhão, depois de 15 dias de férias com nossas famílias. Interessante é que , depois que aqui cheguei, muitas lembranças e recordações tem brotado em minha memória, lembranças e fatos de minha infância vividos na casa de meus avós. E o mais interessante é que as melhores lembranças de que me recordo, tem sempre a presença de uma pessoa especial, que marcou de forma maravilhosa minha vida, que encheu minha infância fadada a dias difíceis e tristes pela perda de meus pais, em dias de brincadeiras, sorrisos e cuidados paternos, com um toque especial de magia; homem correto e justo, que contribuiu de forma positiva na formação de nosso caráter, tanto através de palavras como através de seu exemplo e que entregou os últimos 11 anos de sua vida aos cuidados dos netos. Esse homem era o meu avô, Sother Brito.
Creio que, o que fazia de meu avô uma pessoa tão especial é que as coisas que ele fazia e dizia, eram feitas de uma forma a encantar os olhos e corações dos pequeninos. E isso fez tantas diferenças que até mesmo as coisas simples que ele fazia no dia a dia, nos marcava de uma forma deliciosa. O modo como realizava as coisas do cotidiano, eram mágicos aos nossos olhos infantis. Para se ter uma idéia, até mesmo o modo como ele cortava o pão para nosso café da manhã, como se cortasse talhadas de uma melancia, era encantador para nós. Acordar pela manhã e ver à mesa aqueles pães cortados de uma forma tão diferente e expressiva, fazia daquela mesa uma mesa muito especial. Ela tinha o toque de meu avô. Isso sem falar da panela em que ele fazia o café. Ele mesmo a confeccionava, uma panelinha feita de lata de neston, com cabinho e tudo, que ele mesmo fazia com carinho, dando nome a seu invento de “chicolateira”. Tomar café feito em um invento feito por meu avô, aquilo era o máximo, era demais para nós. E o carrinho de mão que ele confeccionou todo em madeira com rodas de velocípede só para andarmos dentro dele, cada hora um empurrava o outro... aquilo foi maravilhoso!!!! Tinha um outro carrinho de mão, comprado na loja, que servia para limpeza do quintal. Mas o nosso, tinha um toque todo especial, tinha o toque de carinho de meu avô. Isso sem falar do balanço no pé de manga que ele fazia todas as férias; o caleidoscópio que ele mesmo confeccionava; das balas e pedaços de rapadura que ele guardava dentro da estante de livros , distribuindo para nós ( só não deixava a gente por na boca as balas soft, uma balinha redondinha e lisa, tinha receio da gente engasgar com ela).
Às vezes fico pensando no quanto teria sido mais fácil para meu avô fazer as coisas como todo mundo fazia,:cortasse o pão normalmente, fizesse café em uma chaleira comprada no mercado, comprasse na loja um carrinho de mão para a gente brincar,etc. Mas meu avô, homem sábio que era, sabia da importância de tudo aquilo que ele fazia, de forma tão diferente, para marcar nossa infância. Ele estava criando netos órfãos e precisava de alguma forma, encher nossos dias de doces recordações, para que, a lembrança da perda de nossos pais em tenra idade, não fosse a principal lembrança de nossa infância. Hoje vejo que ele conseguiu essa proeza, valeu todo o seu sacrifício.
Mercia Brito Monteiro.
Creio que, o que fazia de meu avô uma pessoa tão especial é que as coisas que ele fazia e dizia, eram feitas de uma forma a encantar os olhos e corações dos pequeninos. E isso fez tantas diferenças que até mesmo as coisas simples que ele fazia no dia a dia, nos marcava de uma forma deliciosa. O modo como realizava as coisas do cotidiano, eram mágicos aos nossos olhos infantis. Para se ter uma idéia, até mesmo o modo como ele cortava o pão para nosso café da manhã, como se cortasse talhadas de uma melancia, era encantador para nós. Acordar pela manhã e ver à mesa aqueles pães cortados de uma forma tão diferente e expressiva, fazia daquela mesa uma mesa muito especial. Ela tinha o toque de meu avô. Isso sem falar da panela em que ele fazia o café. Ele mesmo a confeccionava, uma panelinha feita de lata de neston, com cabinho e tudo, que ele mesmo fazia com carinho, dando nome a seu invento de “chicolateira”. Tomar café feito em um invento feito por meu avô, aquilo era o máximo, era demais para nós. E o carrinho de mão que ele confeccionou todo em madeira com rodas de velocípede só para andarmos dentro dele, cada hora um empurrava o outro... aquilo foi maravilhoso!!!! Tinha um outro carrinho de mão, comprado na loja, que servia para limpeza do quintal. Mas o nosso, tinha um toque todo especial, tinha o toque de carinho de meu avô. Isso sem falar do balanço no pé de manga que ele fazia todas as férias; o caleidoscópio que ele mesmo confeccionava; das balas e pedaços de rapadura que ele guardava dentro da estante de livros , distribuindo para nós ( só não deixava a gente por na boca as balas soft, uma balinha redondinha e lisa, tinha receio da gente engasgar com ela).
Às vezes fico pensando no quanto teria sido mais fácil para meu avô fazer as coisas como todo mundo fazia,:cortasse o pão normalmente, fizesse café em uma chaleira comprada no mercado, comprasse na loja um carrinho de mão para a gente brincar,etc. Mas meu avô, homem sábio que era, sabia da importância de tudo aquilo que ele fazia, de forma tão diferente, para marcar nossa infância. Ele estava criando netos órfãos e precisava de alguma forma, encher nossos dias de doces recordações, para que, a lembrança da perda de nossos pais em tenra idade, não fosse a principal lembrança de nossa infância. Hoje vejo que ele conseguiu essa proeza, valeu todo o seu sacrifício.
Mercia Brito Monteiro.